sexta-feira, 9 de abril de 2010

Mistura à três

Pelo menos duas vezes por mês, nos reunimos pra conversar, rir e naquele dia estávamos apenas nos três, o Cris, a Rose e eu, a chuva tinha atrapalhado a chegada dos demais.
Como sempre acontecia, depois de algum tempo bebendo o assunto sempre acaba em sexo, normal, era a hora da “sacanag
em”, que vem sempre com um vasto dicionário: gatinho, ménage, espanhola, etc.
O assunto esquentou mesmo, os três estavam solteiros e neste caso o sexo acontece eventualmente, estávamos todos carentes. Papo vai, papo vem, cadê a Rose? O Cris foi procura-la e eu fiquei um pouco sozinha, viajando no assunto ainda... Seria bom se pudesse estar nos braços de alguém naquela hora, ganhando um carinho, uma pegada, fazia muito tempo desde a ultima vez em que esteve com alguém.
Em meio ao suspiro, me toquei que alguma coisa tava acontecendo, cadê os dois? Fui atrás. A porta estava entreaberta, de lá vinham gemidos e sussurros, sem acreditar muito no que via, encontrei meus dois amigos no quarto, fazendo um amor louco, guloso quase que desesperado.
Fiquei estática, sem saber o que pensar sem saber ha qual sentimento dava mais vazão, ciúme por não ter sido eu a escolhida ou ao tesão que me dominava e acelerava meu peito. Deixaram a porta aberta, como ele teve coragem? podia ter sido expulso dali, que atrevimento o dele.
Estavam na penumbra e eu não podia conter a vontade de ficar ali assistindo a tudo, apaguei todas as luzes da casa e fiquei em pé espiando da porta.
Entrelaçados, os dois dançavam uma musica de prazer, quente, ardente.
Eu, como mera expectadora, não pude me controlar, e quando dei por mim estava já dentro do quarto sentada em um canto me acariciando e imaginando que tudo aquilo poderia estar acontecendo comigo.
A aceleração começa, os gestos ficam mais duros, os movimentos intensos e então chega o grande momento, quase que ao mesmo tempo nós três gritamos de prazer.
Fui descoberta, deveria estar morta de vergonha, mas não, estava feliz, foi então que a Rose veio ate a mim me puxou pela mão e me concedeu um espaço especial em sua cama, sem me dizer nada e com muito carinho foi me despindo enquanto beijava cada pedaço do meu corpo que expunha, fiquei louca, o que estava acontecendo? Nunca tinha passado por esta experiência, estava gostando e me deixando levar. Ela foi capaz de me mostrar um caminho que eu não conhecia.
Ele estava posicionado estrategicamente num canto da cama, um expectador privilegiado da primeira vez de suas amigas. Sem poder mais se conter, ele usa de sua força quase me arrancando dos braços dela, me joga de bruços, sobe em mim com muita vontade, ele tinha que me mostrar que era melhor que ela e me presenteou com um gozo avassalador.

Dea Bernardes

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