De todas as fantasias que as mulheres têm, o ponto de partida
é o fato de se sentir desejada, daí partem as outras, daí começam brotar ideias
para encontros às escondidas, daí o gosto pelo perigo e o de ser possuída com
força, com muita vontade... Desejo é a fonte de alimentação vital, como se
somente daquela boca fosse capaz de obter a única maneira de manter-se vivo.
Sem desejo, mulher não faz nem miojo.
Com ela não foi diferente, sua carência nunca foi de amor
propriamente dito, no fundo sente falta de saber que é desejada por um homem,
sentindo-se desejada é atiçada a cometer as mais loucas aventuras com a simples
finalidade de aumentar o desejo.
Quando se conheceram numa rede social, trocaram poucas
palavras, um oi, nada sabiam um do outro, tinham amigos em comum apenas, só com
o passar dos tempos, já com mais liberdade o papo foi esquentando e Ana foi se
sentindo cada vez mais atraída por Roberto, palavras doces, excitação fluindo, hormônios
a mil, pronto acabou o sossego.
Em pleno horário de trabalho Ana tinha repentes loucos de
tesão, ela enviava mensagens cheias de péssimas intenções e era correspondida
prontamente com respostas picantes gostosamente colocadas. Ela tremia, sentia
taquicardias fulminantes ao ponto de várias vezes ter que masturbar-se no
lavado do escritório.
Numa dessas conversas teclando cada qual de sua casa, sem
qualquer obstáculo ou testemunha, foram alimentando mais o instinto, Ana já
pronta pra dormir acomodada em sua cama e Roberto completamente largado no
sofá de sua sala, ele sempre gentil, a principio perguntou sobre seu dia e
contou uma ou outra passagem do dia dele, fazendo-a rir e relaxar. Logo em
seguida, sem conseguir segurar o ímpeto natural de seus desejos mais íntimos,
foram detalhando, cada um a seu modo o que mais lhes proporcionava prazer... Ele
expôs seu lado viril oferecendo sua boca como maior troféu, ela tremeu, ele dizia
o quanto gostava de beijos molhados que começariam em sua nuca e faria sua língua
percorrer seu corpo todo, ela por sua vez, confessou que seu maior prazer
estava justamente em proporcionar prazer ao parceiro, que chegaria a gozar
apenas em vê-lo gemer de prazer.
O celular toca e ela vê um numero desconhecido, deixa tocar
algumas vezes, a principio não pensava em interromper seu papo, ele então escreve:
“-Não quer me atender?” Seu peito dispara... ela tremula a duras penas consegue
atender e soltar um “-Olá!”.
Que voz é essa... pensava ela, completamente desconhecida e
maravilhosamente familiar, já deixou de lado o notebook que estava em seu colo,
ajeitando-se mais confortavelmente na cama. Sorviam cada um as palavras do
outro, sintonizaram uma conversa nova num tom suave sobre uma banalidade
qualquer. Foi Ana quem entrou no assunto e disse o quanto gostaria que Roberto
estivesse ali ao alcance de suas mãos, ele sussurrou em seu ouvido que bastava
que fechasse bem os olhos e ele estaria, foi o que ela fez.
- Se esta aqui, pode sentir minha respiração como esta forte?
- Eu sinto, quero que continue de olhos fechados umedeça seus
lábios e passe a ponta de seus dedos suavemente sobre eles, sinta como se eu
estivesse passando meus lábios nos seus... Sinta agora que caminho minha boca
por seu pescoço... deixando uma leve chupada em sua nuca...
Ana obedecia percorrendo o caminho com a ponta de seus dedos,
ele podia sentir seus suspiros do outro lado da linha, ela pede que ele não pare
e continue percorrendo seu corpo...
Roberto agora pede que se deite de lado e se diz deitado atrás
dela, avisa que sua língua percorre suas costas ao mesmo tempo que suas mãos
massageiam seus seios. Ana geme alto ao mesmo tempo que, talvez por instinto,
procure aquelas mãos no seu corpo... Agora, volta e meia ela enfia suas mãos entre
as pernas sentindo o pulsar de seu sexo latente... Roberto caminha suas mãos em
suas pernas... coxas... bunda e avisa que sua língua está neste momento
entranhada dentro dela. Ana pede quase num choro que ele a penetre, ele dá as
ordens mas que seja devagar, autoriza a entrada de dois dedos... pergunta como
esta se sentindo... sugere que use um pouco
de força e escuta seu grito de tesão do outro lado da linha, um gozo redentor
maravilhoso. Ana, ofegante vai se refazendo aos poucos e sorri pra si mesma.
Ela diz que gostaria de sentir seu gosto, que precisa
beija-lo e que continuará o caminho pelo seu peito... cintura... que ja sente seu
cheiro, hora beijando, hora mordiscando e sempre lambendo, desceu até sua coxa
dando meia volta por entre as pernas, diz que achou o que procurava e que esta
latejando novamente. Lambeu suas bolas e subiu lambendo demoradamente ate o
topo, passou a língua ao redor da cabeça de seu pau duro a pulsante, poderia
ficar horas ali, se não fosse a vontade maior de sentar e cavalgar sobre ele,
Ela ouve os seus apelos do outro lado da linha, pedindo que ela não pare, e que
vai gozar logo. Ela pede calma, diz que antes precisa tentar abocanha-lo
inteiro. Ana escuta seu urrar serra os olhos e mais uma vez se deixa gozar como
se aquele homem estivesse dentro dela.
Silencio.
Nenhuma voz se ouve... apenas o barulho de duas respirações ofegantes.
Refeitos trocam sorrisos cúmplices, trocam um boa noite... e
desligam.