sábado, 31 de maio de 2014

Papo Quente


De todas as fantasias que as mulheres têm, o ponto de partida é o fato de se sentir desejada, daí partem as outras, daí começam brotar ideias para encontros às escondidas, daí o gosto pelo perigo e o de ser possuída com força, com muita vontade... Desejo é a fonte de alimentação vital, como se somente daquela boca fosse capaz de obter a única maneira de manter-se vivo. Sem desejo, mulher não faz nem miojo.
Com ela não foi diferente, sua carência nunca foi de amor propriamente dito, no fundo sente falta de saber que é desejada por um homem, sentindo-se desejada é atiçada a cometer as mais loucas aventuras com a simples finalidade de aumentar o desejo.
Quando se conheceram numa rede social, trocaram poucas palavras, um oi, nada sabiam um do outro, tinham amigos em comum apenas, só com o passar dos tempos, já com mais liberdade o papo foi esquentando e Ana foi se sentindo cada vez mais atraída por Roberto, palavras doces, excitação fluindo, hormônios a mil, pronto acabou o sossego.
Em pleno horário de trabalho Ana tinha repentes loucos de tesão, ela enviava mensagens cheias de péssimas intenções e era correspondida prontamente com respostas picantes gostosamente colocadas. Ela tremia, sentia taquicardias fulminantes ao ponto de várias vezes ter que masturbar-se no lavado do escritório.
Numa dessas conversas teclando cada qual de sua casa, sem qualquer obstáculo ou testemunha, foram alimentando mais o instinto, Ana já pronta pra dormir acomodada em sua cama e Roberto completamente largado no sofá de sua sala, ele sempre gentil, a principio perguntou sobre seu dia e contou uma ou outra passagem do dia dele, fazendo-a rir e relaxar. Logo em seguida, sem conseguir segurar o ímpeto natural de seus desejos mais íntimos, foram detalhando, cada um a seu modo o que mais lhes proporcionava prazer... Ele expôs seu lado viril oferecendo sua boca como maior troféu, ela tremeu, ele dizia o quanto gostava de beijos molhados que começariam em sua nuca e faria sua língua percorrer seu corpo todo, ela por sua vez, confessou que seu maior prazer estava justamente em proporcionar prazer ao parceiro, que chegaria a gozar apenas em vê-lo gemer de prazer.
O celular toca e ela vê um numero desconhecido, deixa tocar algumas vezes, principio não pensava em interromper seu papo, ele então escreve: “-Não quer me atender?” Seu peito dispara... ela tremula a duras penas consegue atender e soltar um “-Olá!”.
Que voz é essa... pensava ela, completamente desconhecida e maravilhosamente familiar, já deixou de lado o notebook que estava em seu colo, ajeitando-se mais confortavelmente na cama. Sorviam cada um as palavras do outro, sintonizaram uma conversa nova num tom suave sobre uma banalidade qualquer. Foi Ana quem entrou no assunto e disse o quanto gostaria que Roberto estivesse ali ao alcance de suas mãos, ele sussurrou em seu ouvido que bastava que fechasse bem os olhos e ele estaria, foi o que ela fez.
- Se esta aqui, pode sentir minha respiração como esta forte?
- Eu sinto, quero que continue de olhos fechados umedeça seus lábios e passe a ponta de seus dedos suavemente sobre eles, sinta como se eu estivesse passando meus lábios nos seus... Sinta agora que caminho minha boca por seu pescoço... deixando uma leve chupada em sua nuca...

Ana obedecia percorrendo o caminho com a ponta de seus dedos, ele podia sentir seus suspiros do outro lado da linha, ela pede que ele não pare e continue percorrendo seu corpo...
Roberto agora pede que se deite de lado e se diz deitado atrás dela, avisa que sua língua percorre suas costas ao mesmo tempo que suas mãos massageiam seus seios. Ana geme alto ao mesmo tempo que, talvez por instinto, procure aquelas mãos no seu corpo... Agora, volta e meia ela enfia suas mãos entre as pernas sentindo o pulsar de seu sexo latente... Roberto caminha suas mãos em suas pernas... coxas... bunda e avisa que sua língua está neste momento entranhada dentro dela. Ana pede quase num choro que ele a penetre, ele dá as ordens mas que seja devagar, autoriza a entrada de dois dedos... pergunta como esta se sentindo... sugere que use um  pouco de força e escuta seu grito de tesão do outro lado da linha, um gozo redentor maravilhoso. Ana, ofegante vai se refazendo aos poucos e sorri pra si mesma.
Ela diz que gostaria de sentir seu gosto, que precisa beija-lo e que continuará o caminho pelo seu peito... cintura... que jsente seu cheiro, hora beijando, hora mordiscando e sempre lambendo, desceu até sua coxa dando meia volta por entre as pernas, diz que achou o que procurava e que esta latejando novamente. Lambeu suas bolas e subiu lambendo demoradamente ate o topo, passou a língua ao redor da cabeça de seu pau duro a pulsante, poderia ficar horas ali, se não fosse a vontade maior de sentar e cavalgar sobre ele, Ela ouve os seus apelos do outro lado da linha, pedindo que ela não pare, e que vai gozar logo. Ela pede calma, diz que antes precisa tentar abocanha-lo inteiro. Ana escuta seu urrar serra os olhos e mais uma vez se deixa gozar como se aquele homem estivesse dentro dela.
Silencio.
Nenhuma voz se ouve... apenas o barulho de duas respirações ofegantes.
Refeitos trocam sorrisos cúmplices, trocam um boa noite... e desligam.

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