terça-feira, 1 de setembro de 2009

Meus cinco sentidos



Mandou que eu ficasse de olhos fechados, obedeci. Ele está se aproximando de mim, escuto o som dos teus passos, parou na minha frente, ouço o som do algodão se esfregando em sua pele enquanto tira sua camisa. Chegou mais perto. Posso ouvir sua respiração calma e forte, chega muito perto dos meus ouvidos quase ao ponto de tocar, escuto finalmente sua voz, diz meu nome e que me deseja muito, nesta hora é o som da minha própria respiração que ouço.
Seu cheiro me enlouquece, dominou completamente o ambiente, não resisto e começo a te farejar, caço voce através do seu perfume. Fico sem fôlego.

Manda que eu abra os olhos, mas ordenou que ficasse imóvel, nesta hora enquanto ele deliciosamente me despi corro os olhos pelo seu corpo, observando os detalhes que preferencialmente costumo me dedicar, penso comigo: "-Que menino lindo!"

Deixou que eu o tocasse agora, minha mão encontra seu peito, agora a pressa acabou, quero dedilhar cada centímetro, você não foge, parece ate que se diverte ao me ver te redescobrindo, começa a exploração. Roço em sua barba, em seu peito, aliso suas costas e vou descendo ate o final de sua espinha, brinco com as unhas ao redor de sua cintura chego ao umbigo, poderia ficar horas ali, mas pra que? Ainda me resta outro sentido.

Você retribui me deixando sentir seu gosto e coloca em minha boca o sabor de seu desejo, sinto que era verdade, realmente me queria, “Quem dá a boca, dá tudo”, parecemos dois esfomeados e nos lambuzamos os dois, nesta hora vale tudo, obediente eu me embriago de você.

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