domingo, 17 de abril de 2011

O Peso da Farda - Segunda Parte

“Senhor! Estou deixando a cidade amanhã, gostaria de me despedir, por favor, me telefone”.

Passei o bilhete por debaixo da porta com meu número. As férias haviam terminado, voltaria para minha vida, meu trabalho, dificilmente nos veríamos novamente. Duas horas mais tarde recebi um torpedo, era dele... E dizia: “As 22:00 hs, esteja pronta e de vestido curto.” Fiquei doida, o que seria aquilo? Outra brincadeira... O que faria comigo? Não tinha idéia, mas já estava adorando. Ansiosamente aguardei até o final do dia. Na hora marcada chega outra mensagem: “Vá até a escada de emergência entre os andares 8º e 9º.” Ao chegar ali, percebi que a luz não ascendeu, com antecedência ele havia arrancado a lâmpada. Outra mensagem: “Tire sua calcinha.” Estava excitadissima, me sentia dentro de um filme, obedeci a sua ordem e continuei esperando, a porta corta fogo me impedia de ouvir qualquer ruído. De repente ela se abre e através do pequeno facho de luz vejo seu vulto, de farda camuflada do meu ponto de vista ele parecia ainda maior, e mesmo sem ver seu rosto pude sentir seu cheiro, foi como um choque, não se descreve tal sensação, o coração pula do peito, as pernas tremem o rosto queima e meu sexo pulsa, dando a impressão que todos estes sintomas são notáveis, fico úmida. Atira em mim a luz de uma lanterna, primeiro em meu rosto me cegando, depois vai descendo pelo meu corpo, observando meus detalhes, é quando escuto sua voz: “-Dê uma volta, devagar.” Assim o faço, sem tirar os olhos dele... Ele continua: “-Levante o vestido.” Timidamente seguro pela barra e vou subindo muito lentamente ao mesmo tempo em que minhas mãos alisam minhas coxas, até o ponto de deixar a mostra o que ele certamente queria saber, que estava nua por baixo. Solto novamente e pergunto: “-Senhor! Vai me amarrar e torturar novamente?” Ele responde: “- Não vejo necessidade de pende-la, mesmo porque, sabe que não pode fugir de mim, muito facilmente eu a alcançaria, mas quero que saiba que não vou tolerar insubordinação, amarrada ou não fará o que eu mandar, se não me obedecer saio do sério, e você não vai me querer ver nervoso com você, vai?" Baixo os olhos e aceno com a cabeça negativamente. Sinceramente tinha que me controlar muito, agora meu corpo todo latejava, minha vontade era de pular sobre ele e fazer com que me possuísse imediatamente. Insensível ao meu desejo senta-se a poucos degraus abaixo de onde estou, manda que eu me sente também. Começando o interrogatório:

-Muito bem. Preste muita atenção, porque só vou falar uma vez. – novamente jogou a luz em meus olhos – Você esta lembrada do dia em que transamos?

-Sim.

-O que sentiu?

-Muito desejo, senhor!

-Gostou?

-Sim.

-Voce me quer novamente?

-Sim Senhor, quero muito.

-Daquele dia ate hoje chegou a "se possuir" com suas lembranças?

-Muitas vezes.

-E como foi?

-Geralmente é quando estou no banho, já que estou dormindo na sala e tenho medo de ser surpreendida, mas já aconteceu lá também, de madrugada.

-Descreva como foi.

-Começo me lembrando do senhor fardado, de seu cheiro, lembro de seu gosto e então meu coração acelera, meu corpo estremece e eu sinto a necessidade de tato.

-Continue...

-Lembro de seu peito largo, sua mão sobre mim, de seu beijo, quer que eu mostre?

Ele me deu um sim, apenas com o olhar. Então fecho os olhos e dou vazão aos meus impulsos, sinto uma febre terrível me queimando, passo as mãos pelos seios ainda por cima das roupas, caminho meus toques por minha cintura ate as coxas, sempre alternando momento de leveza e força. Sinto novamente jorrar de dentro de mim a prova do meu desejo, não me agüento e me acaricio o sexo com os dedos. Ele alterna a luz entre meu rosto e minhas mãos, tento ver seus olhos, peço que venha me tocar também, ele não responde, peço então permissão para gozar ele manda que eu espere, que me controle. Chega perto e neste momento tento prende-lo em meus braços, ele facilmente se solta, manda que fique quieta, abre o zíper do meu vestido, saca não sei de onde um cubo de gelo e com ele me tortura quase que mortalmente, percorrendo o cubo em minhas costas pelo caminho da espinha ate o cóccix, volta a minha nuca e o desliza em meus seios, umbigo até que finalmente encontra minhas coxas, alterna agora o cubo gelado com a sua língua quente. Insuportavelmente louco, já que sabia que por onde caminhasse aquele gelo seria seguido de sua língua quente. Infelizmente não suporto mais e me entrego. Assim que me vê relaxada debruça sobre meu corpo depositando nele todo o seu peso, morde minha boca e roça em mim apenas para me mostrar que por sob a farda que ele também estava explodindo. Abro sua calça e o liberto, retribuo seus carinhos com minha boca. Ele abriu sua guarda pra mim. Saímos dali, sorrateiros, feito duas crianças que acabaram de quebrar o pote, em seu apartamento vamos juntos pro chuveiro, ali finalmente pude tê-lo dentro de mim, nos lambuzamos um do outro. Fui dele a noite toda. Talvez nunca mais nos vejamos ou talvez possa qualquer dia destes receber um telefonema dele dizendo que estará na minha cidade e que gostaria de encontrar. O que sei é que hoje quando vejo um belo homem de farda, não tenho mais aquelas fantasias loucas que tinha antes o que sinto agora é saudades.

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