segunda-feira, 11 de abril de 2011

O Peso da Farda


Estava passando férias na casa de uma amiga no Rio de Janeiro, e logo no meu primeiro dia na “Cidade Maravilhosa” vi chegar no prédio onde estava hospedada, provavelmente do trabalho, o homem mais lindo que jamais tive o prazer de ver assim tão próximo, nosso encontro foi na espera do elevador, ele usava uma farda impecável azul baratéia, era moreno, forte, alto, muito bem barbeado e com um perfume marcante que impregnou o ambiente fazendo com que eu não conseguisse disfarçar. Ele abriu a porta do elevador e sem dizer palavra alguma fez menção para que entrasse, ainda bestificada demorei um pouco para entender o sinal, sem graça dei um sorriso tímido e entrei na sua frente, mas uma vez ele apontou para o painel, me fazendo lembrar que deveria marcar o andar, tive um branco... Titubeei, mas enfim consegui, ele ficou ali sem abalo como se sozinho estivesse, sequer um “- Quente hoje não?.“ pra quebrar o silencio. Assim que o Elevador parou no andar ele abre a porta e novamente faz sinal para que eu siga na frente, saio e fico atônica quando percebo que ele caminha bem próximo atrás de mim. De repente pára, passa as chaves na porta ao lado e entra. Eu não acreditei, serei vizinha dele durante os próximos 20 dias. Fui a campo e tirei todas as informações possíveis sobre ele, pouquíssimas por sinal, que era militar (óbvio), que morava sozinho (ótimo), tinha poucas visitas e quase nenhuma palavra com qualquer um do prédio. Estava encantada, aquela farda o transformava em super-herói, vinha sonhando em ser tocada, em despi-lo, em acariciar-lhe todo o corpo másculo, mas ele não dava nenhuma chance de aproximação, era fechado, sempre com cara de poucos amigos, o que o deixava mais charmoso – vale o trocadilho “incorporava a corporação”, e não relaxava nem mesmo fora do quartel. Fui, a partir de então, provocando encontros “casuais” verificando seus horários, suas rotinas, todos os dias me colocava atrás da porta aguardando sua saída para descer com ele, e a noite a caminhar pelo condomínio na esperança de novamente poder usufruir sua companhia até nosso andar. Eu era toda sorrisos e ele sempre sério, limitando-se ao bom dia, ao boa noite e é lógico, me abrindo e fechando as portas. Até que numa manhã, aguardava como sempre os ruídos dele ao sair, mas nada, pensei que talvez estivesse de folga ou pior, que já tivesse saído sem que eu o pudesse tê-lo acompanhado, não aguentei, saí do apartamento devagarzinho para não fazer barulho, cheguei próximo a sua porta tentando ouvir algum som vindo lá de dentro, e quando já estava com os ouvidos colados fui surpreendida por ele, que de um súbito a abriu, dei um grito de susto, mas ele não se abalou, olhou dentro dos meus olhos, chegou bem perto e sem mudar sua fisionomia séria, enfiou a mão na minha nuca segurou forte meus cabelos e disse: ”-Escuta garota! Você por acaso está me vigiando?” Perdi o ar, meu coração disparou, sua boca estava tão perto... podia sentir seu hálito, apoiei minhas mãos em seu peito e pude senti-lo, acho que até fechei os olhos, não conseguia ordenar as palavras, agora minha mente se concentrava naquela mão forte me segurando, me embriagando com seu perfume, tentei ganhar tempo e por fim gaguejei: “-Eu? Não... estava passando... quer dizer ia te chamar...” Ele então me solta dá um passo atrás e me manda entrar, fecha a porta e me passa em revista literalmente, caminhando ao meu redor, me despindo com os olhos, tento começar uma conversa, achava que devia “-Você me desculpe....” mas ele interrompe: “-Senhor!, pra você... Senhor. O que acha que está fazendo? Quer o que de mim?” baixo os olhos e respondo: “ -Sim, Senhor, me desculpe, não sei o que me deu. Me senti atraída pelo Senhor, e queria apenas que me notasse...”, ele ao ouvir minha confissão olhou novamente em meus olhos, pensou um pouco e sentou-se mas não disse nada, apenas olhava. Tenho certeza que naquele momento montava sua estratégia, era treinado para isto em seu trabalho, acostumado a lidar com todo tipo de pessoas, fazia o elo entre o comando e a tropa. Mas eu, incomodada com seu silêncio, viro-me para a porta com a verdadeira intenção de ir embora, foi quando ouvi sua ordem para parar, imóvel sem coragem de olhar para trás fiquei esperando as instruções dele. “-Venha até aqui; Não foi dispensada ainda.” obedeci. Ele sem se levantar de onde estava, me perguntou: “-Você é casada?” eu apenas balanço a cabeça ainda baixa em sinal negativo. Ele continuou: “- Então diga logo o que quer de mim. não tenho o dia todo." Respirando fundo, vou em sua direção, ajoelho-me aos seus pés, e respondo: “- Estou na cidade há uma semana à passeio e desde que te vi, perdão, que o vi Senhor, não tenho conseguido me controlar, durmo e acordo pensando em como seria ser envolvida por seus braços, enquanto caminho ao seu lado, vou me saciando apenas com seu cheio, a princípio achei que fosse por sua farda, sabe que nós mulheres nos sentimos atraídas por ela, mas agora, que estou aqui, posso dizer que já não se trata só disto. Me desculpe não sei ao certo explicar.” Depois de mais alguns instantes o silêncio é quebrado por mais uma ordem, mandou que eu chegasse ainda mais perto, obedeci, ele pega minha mão e sem qualquer cerimônia à leva até o seu colo, estremeci, talvez estivesse prestes a finalmente ser possuída por aquele homem, entendi o recado e lhe fiz um carinho ainda por cima da calça, senti seu sexo pulsando, fixei meus olhos nos dele e como sua subordinada fui buscando o toque de sua pele sob sua farda. Mesmo mantendo aparentemente o seu controle, deixava vez por outra escapar um sussurro, mas continuou ali, "em forma" por muito tempo, me servindo, sem se servir, apenas eu me deliciava em seu membro rígido. Por fim, impôs sua autoridade novamente, mandou que tirasse minha calcinha ficando apenas de vestido, assim que a peça caiu no chão me apanhou pelos cabelos da nuca novamente, colocando-me em uma cadeira, apanhou uma corda, amarrou minhas mãos para trás e minhas pernas separadamente nas pernas da cadeira, deixando meu sexo exposto. Não poderia jamais imaginar qual seria a tortura que sofreria estava tão excitada com sua atitude que comecei a suplicar por ele, queria senti-lo dentro de mim, ele então chega muito perto de meu ouvido manda que me cale, com sua língua úmida, desce por meu pescoço lambendo e chupando como seu eu fosse um pequeno doce que merecia uma degustação calma e minuciosa, respira muito próximo a minha boca, mas sem deixar que eu o tocasse, ele tinha uma missão e iria cumpri-la até o final. Sua língua percorria meu corpo e por algumas vezes me presenteava com algumas mordidas deliciosas, ao mesmo tempo que com seus dedos entrava e sai de mim com maestria, sempre que estava perto do gozo ele parava numa estratégia cruel de me enlouquecer, até que perguntou se eu tinha aprendido minha lição, respondi que sim, ele me sorri, diz que estou pronta, me liberta das amarras e acaricia as marcas que a corda havia me deixado nos pulsos e tornozelos, leva-me em seus braços até o quarto. Vem em minha mente agora uma frase que na época lí e não dei muita importância mas que agora entendia bem, é de um Ex-Sargento da FAB, agora escritor Alamar Régis ''A farda não é uma veste, que se despe com facilidade e até com indiferença - mas uma outra pele, que adere a própria alma, irreversível para sempre". Ele tinha a farda na alma. Fui colocada em sua cama com todo cuidado, me ajudou com o vestido, em seguida tirou também suas roupas, deitou-se ao meu lado me presenteou com o melhor beijo que já ganhei, envolvida nos braços daquele homem que mesmo agora sem a farda ainda era possuidor da mesma autoridade, um homem que com sua atitude sem qualquer vulgaridade me mostrou que bom mesmo é ser submissa de seu homem. Ele foi me beijando, acariciando e me envolvendo como seu eu fosse a única mulher do mundo, penetrou-me de forma única, ficando em minha memória para sempre.

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